O humor carregado de representatividade de Yuri Marçal

Foto reprodução/Facebook

Uma vez ouvi que humor era passar a mão na bunda do guarda e eu concordo. O humor não precisa humilhar alguém para fazer rir, mas do que isso, quem faz humor não precisa humilhar pessoas que já são diminuídas diariamente só por serem quem são. O humor deve desafiar o que já esta estabelecido, o que oprime. Já dizia a frase: "Não me interessa rir do oprmido, a mim interessa rir do opressor". No Brasil, fazer piada com preto, com gay e com mulheres é algo dito "revolucionário". Os "humoristas", que defendem a manutenção desse tipo de piada, tratam isso como uma afronta ao politicamente correto. A verdade é que não passam de pessoas medíocres e sem graça que surfam na onda conservadora de um país racista,misógino e homofobico como o Brasil. Poderia citar alguns exemplo de nomes do humor inteligente, mas quero falar de um em especial: Yuri Marçal. Yuri Marçal é um humorista negro nascido no Rio de Janeiro. Nas suas apresentações, os textos quase sempre envolvem uma critica ao racismo.  Isso , de fato, é uma afronta ao que já esta estabelecido como verdade.Um comediante que fala sobre negritude de forma engraçada e ao mesmo tempo faz criticas muito boas. Entre os personagens interpretados por Marçal, está a ótima Dileide, a racista reversa. Dileide representa tudo aquilo que nós negros gostaríamos de responder quando ouvimos comentários e perguntas idiotas de pessoas  brancas. Esse tipo de humor é representatividade. A gente olha para os EUA e vê humoristas como Richard Pryor e o próprio Chris Rock que tinham em seus textos duras criticas ao racismo nos EUA. Felizmente a gente começa a ver esse tipo de humor tão necessário por aqui. Deixo dois vídeos muito bons do Yuri Marçal e a pergunta: Em que mundo Whindersson Nunes é mais engraçado que Yuri Marçal? 

Dileide apresenta o produto "privilégio branco"